Precisa-se uma cozinheira
Que seja solteira e que dê referências
Precisa-se um peão caseiro
Um índio campeiro e que tenha vivência
Precisa-se um taura disposto
Pra morar no posto e que tenha constância
Faz falta um ginete largado
Pois sobra aporreados em tudo que é estância
Faz falta um ginete largado
Pois sobra aporreados em tudo que é estância
Patrão, mas que barbaridade
Andar por piedade pedindo empregado
E o nosso gaúcho campeiro
Fica no povoeiro marginalizado
Patrão, mas que barbaridade
Essa desigualdade sem rédea e sem freio
Deixa na cidade quem gosta do luxo
E traga o gaúcho de volta aos arreios
"Patrão, deixa na cidade quem gosta do luxo e traga o gaúcho de volta aos arreios."
É isso que eu disse e repito:
Não acho bonito, sei que tu me entende
O taura se vai pra cidade
E, na dor da saudade, por pouco, se vende
É como pealar um cavalo
E, depois do pealo, botar o arreio
E o guasca, buscando outras fontes
Perdeu no horizonte seu último anseio
E o guasca, buscando outras fontes
Perdeu no horizonte seu último anseio
Patrão, mas que barbaridade
Andar por piedade pedindo empregado
E o nosso gaúcho campeiro
Fica no povoeiro marginalizado
Patrão, mas que barbaridade
Essa desigualdade sem rédea e sem freio
Deixa na cidade quem gosta do luxo
E traga o gaúcho de volta aos arreios
Letra: Adair de Freitas
Música: Adair de Freitas
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Vivente que se pode recomendar.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Cidade.
Apero de couro (torcido, trançado ou chato) preso às gambas do freio, que servem para governar os eguariços.
Prender com o laço (ou sovéu) pelas mãos (patas dianteiras), o animal que está correndo, atirando o pealo que o derruba.