Autor: Mauro Moraes
Deito o corpo na presilha,
Firmo o laço, meto um tombo,
Sou do lombo do cavalo
E o pealo é minha poesia...
No caminho em que me encontro,
O tema não tem reclame,
Fronteira não tem arame
Na estância do meu silêncio...
Nesta vida descuidado o verso enverdece as macegas,
O berro empurra o fiador e o resto enseba as canelas,
Disparando da ousadia que invade meus argumentos.
Onde a trova se repete reclamo conhecimento,
E nunca durmo nas palha com as garras sentando o pelo
De alguma dor mal costeada nas cordas do meu violão...
(E não tem de “vamo vê”, depois que pego a escrever,
Ovelha não é pra mato e mágoa é pra esquecer.) Bis
Se de pronto canto-flor!
Impaciento as imposturas,
Falta envido aos calaveiras
E carancho não se mistura...
Donde o campo encontra as casas
A palavra é meu batismo,
Um galpão sem livro
É um corpo sem alma...
Ato de arremessar o laço (ou sovéu) e por meio dele prender as patas do animal que está correndo e derrubá-lo. Existem muitos tipos de PEALO, entre os quais:
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
Espécie de desafio repentista, cantado e acompanhado musicalmente.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.