Este lobuno bragado
Crioulo do pajonal
Calçado nas quatro patas
Frente aberta por sinal
E um braga na virilha
Por favor, não leve a mal
Tirei para os meus arreios
Desde que atei o bocal
No lombo deste lobuno
Este campeiro se arrima
Cada floreio é um verso
E cada aparte é uma rima
Que faço tenteando o freio
Como se fosse uma esgrima
Se o boi refuga, eu atraco
Derrubo e cruzo por cima
Quem doma potros e rimas
E faz versos de a cavalo
Sabe que o pingo e o poema
São os maiores regalos
Que Deus deu para um cristão
Que saiba amanuciá-los
Quem doma potros e rimas
E faz versos de a cavalo
Domei inteiro este potro
Por ser de linhagem boa
Genética Purunã
Não se encontra assim, à toa
Numa lida campo afora
Até parece que voa
Vai ser um pai de cabanha
Na Estância Três Lagoas
Saiu melhor que a encomenda
Este pingaço de lei
Fiz de tudo que sabia
Se não sabia, inventei
Aprendi muito com ele
E muito lhe ensinei
E digo a bem da verdade
Foi o melhor que domei
Quem doma potros e rimas
E faz versos de a cavalo
Sabe que um pingo e um poema
São os maiores regalos
Que Deus deu para um cristão
Que saiba amanuciá-los
Quem doma potros e rimas
E faz versos de a cavalo
Quem doma potros e rimas
E faz versos de a cavalo
Sabe que o pingo e o poema
São os maiores regalos
Que Deus deu para um cristão
Que saiba amanuciá-los
Quem doma potros e rimas
E faz versos de a cavalo
Quem doma potros e rimas
E faz versos de a cavalo
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Adestramento.
Afetivo de cavalo de estimação.
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.