Meu bom patrão, vou cantar minha querência
Tenho essência no gauchismo que sou
Palanque mestre no alambrado da cultura
Vertente pura que o tempo preservou
Abro meu peito num farrancho domingueiro
Timbre campeiro que só o galo dá resposta
A lua grande vem passear pelo galpão
Pra ouvir minha canção
Numa vaneira pra quem gosta
A cordeona com sotaque missioneiro
Acorda o pago inteiro e a madrugada incendeia
Sou índio guapo das missões do meu Rio Grande
Me batizei cantador por gostar de uma vaneira
Na pulperia que o Rio Grande eterniza
Meu canto enraíza e não frouxa nunca mais
Rio corrente nas enchentes desta pampa
Brava estampa que herdei dos ancestrais
Apeio firme, ato o cavalo e largo a passo
Tentear os braços de uma prenda trigueira
O cambicho já me peala sem perdão
Se a voz do meu violão vem chamando uma vaneira
A cordeona com sotaque missioneiro
Acorda o pago inteiro e a madrugada incendeia
Sou índio guapo das missões do meu Rio Grande
Me batizei cantador por gostar de uma vaneira
A cordeona com sotaque missioneiro
Acorda o pago inteiro e a madrugada incendeia
Sou índio guapo das missões do meu Rio Grande
Me batizei cantador por gostar de uma vaneira
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Lugar em que se nasce, de origem
Vivente forte e destemido.
Bodega; casa de comércio.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Apego ou paixão por uma china, ou por um peão.