Lá no Cerro do Cascalho
Vou dar um pulito por lá
Vou bombear uma matungada
Ver se pego pra domar
Na Várzea da Jararaca
Chego no Biongo do Gringo
Vou ver se arrisco um palpite
Nas carreiras de domingo
Rio Grande, pátria e querência
Do vento xucro minuano
Onde o facão marca touro
Pelegueia os desenganos
Xirú da raça cruzada
Por excelências, o guerreiro
Defensor da terra pampa
Dos borralhos galponeiros
De noite, vai ter surungo
Pois segunda é dia santo
Vou gastar o garrão da bota
Bailando de canto a canto
Se agarro uma calaveira
Que fizer aquilo que eu quero
Mesmo com pouco dinheiro
Bem rico, me considero
Rio Grande, pátria e querência
Do vento xucro minuano
Onde o facão marca touro
Pelegueia os desenganos
Xirú da raça cruzada
Por excelências, o guerreiro
Defensor da pátria pampa
Dos borralhos galponeiros
Os pila' me quebra' o galho
Mas não é tudo pra mim
Moro num fundão de campo
No meu rancho de capim
Meu vizinho é um João Barreiro
Que se acampou no palanque
Essa raiz de xucrismo
Não tem tormenta que arranque
Rio Grande, pátria e querência
Do vento xucro minuano
Onde o facão marca touro
Pelegueia os desenganos
Xirú da raça cruzada
Por excelências, o guerreiro
Defensor da pátria pampa
Dos borralhos galponeiros
"O homem luta pra viver
Desde os tempo' das caverna'
Por isso que muié' e potro
Comigo, não se governa' "
Selvagem.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.