Ombreando cantiga pura fui de galpão em galpão
E destapando lonjuras cantei meu povo e meu chão
Alma arejada de mato, no rosto riso faceiro
E pra contar meus relatos eu uso o dom da gaiteiro.
(E assim no mais me descrevo rio-grandense cantador
E o telurismo que trago pelo chão que me criou
Sem jamais frouxar um tento me orgulho do que já fiz
Sinuelando a tropa velha sou monarca e sou feliz.)
Declamado:
Não é de hoje que eu venho
Cantando a minha querência
E as amizades que tenho
Retratam a minha existência.
Neste mundo sem porteira vi de tudo e mais um pouco
Vi o luxo das patacas e a pobreza dos caboclos
Lutando pela cultura que muitos levam na farra
Durei onde pouco dura quem não tem tutano e garra
(E assim no mais me descrevo rio-grandense cantador
E o telurismo que trago pelo chão que me criou
Sem jamais frouxar um tento me orgulho do que já fiz
Sinuelando a tropa velha sou monarca e sou feliz.)
Declamado:
Minha vida é um livro aberto
Que a experiência escreveu
Vendo de longe ou de perto
Todos sabem quem sou eu
As coisas que nos rodeiam modela o jeito da gente
Quem se criou sem maneia sabe o que ai lá na frente
E sempre do mesmo jeito sem mudar o velho tranco
Ter gosto não é defeito o que eu não gosto eu não canto.
(E assim no mais me descrevo rio-grandense cantador
E o telurismo que trago pelo chão que me criou
Sem jamais frouxar um tento me orgulho do que já fiz
Sinuelando a tropa velha sou monarca e sou feliz.)
Declamado:
Eu não canto verso feio
E nunca fui exibido
Aonde eu chego e apeio
Sou sempre bem recebido
Quem recebeu a missão de alegrar rancho à cordeona
Se é guapo brota das mãos as marcas mais redomondas
E aos gaúchos do amanhã deixo meu verso de herança
Palanque de tarumã que é torto, mas de confiança.
(E assim no mais me descrevo rio-grandense cantador
E o telurismo que trago pelo chão que me criou
Sem jamais frouxar um tento me orgulho do que já fiz
Sinuelando a tropa velha sou monarca e sou feliz.)
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Vila, distrito.
Coletivo de militares e de bovinos.
Espaço seccionado numa cerca.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Vivente forte e destemido.