O para peito das "casa"
Cortado ao vão da cancela
Um sonido de barbela
Parido no mesmo embalo...
Quando tranqueia o cavalo
No rumo duma invernada
Atiço junto a cuscada
Deixando um rancho tapera.
A lida sempre atropela
Marca no cano da bota
E o "guaipequedo" na volta
Molhando o faro em sereno...
E o velho contra veneno
Pra alguma tigra brazina
Sua vida que segue a sina
Tenteando a boca da grota.
É bem assim no Rio Grande
Pampa e fronteira se entona
Num lote de vaquilhona
Mostrando a mossa da cola...
E o choro lindo da espora
Quando me largo pra vila
Com o bolso cheio dos "pila"
Buscando um som de cordeona.
A cordeirada que estende
Num coxilhão da invernada
Retoça sobre a florada
Da primavera fronteira...
Apeio bem na porteira
Donde um barreiro se acampa
Abrindo o peito pra pampa
Com a vida aquerenciada.
O gancho do paraíso
De alma enferrujada
Descanso da cabeçada
Quando a manhã se termina...
Mescla de sal e de crina
Sovando a trança do couro
Lombo suado de mouro
Rumando o calmo da aguada.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.