O patrão ontem, vendeu a velha estância
E os sonhos que eram meus foram também
Léguas e léguas de silêncios e de campo
Que eu há tempos conhecia muito bem...
Cavalos mansos, gado bueno e as ovelhas
Campo e mio-mio, várzea e açude, tudo enfim
E tudo aquilo que era a vida que eu não tive
Mas era parte essencial por ser de mim!
Um arreio já surrado, a velha gaita
Poncho nos "ombro" e um chapéu
Um jeito de quem tá indo sem ser data pra voltar
Sem saber que pra sonhar não adianta olhar pro céu!
Vai uma saudade e mais nada
Uma esperança emalada
Quando um gaúcho pega a estrada
Os apartes de mangueira e minhas tropeadas
E os setembros que floriram as maçanilhas
O galpão das desencilhas e dos meus mates
E a tapera que era parte da coxilha...
O patrão vendeu a estância como era
Com um cadeado na porteira da entrada
Os meus sonhos pelo meio e dor pra sempre
Que largou junto de tiro pela estrada!
Uma mala de garupa, uns "pila" curto
Uma baia e um gateado no buçal
Um jeito de quem tá indo sem saber pra onde ir
Sem entender que partir também faz parte da vida.
A maior autoridade de uma Estância, Fazenda ou CTG.
Bom.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Grande curral.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Habitação abandonada e deserta.
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
Espaço seccionado numa cerca.