(Letra: Ramiro Amorim | Música: Jones Andrei Vieira)
O sol já me encontra mateando
As vaca' mugem, chama' a terneirada
Uma rancheirita vou assobiando
Tirando leite pro queijo e coalhada
Trato a porcada com farelo e soro
Um balde de milho jogo pras galinha'
Escovo o bragado que é pingo de estouro
Pra voltear o gado lá da porteirinha
Jogo os baixeiro', carona e lombilho
E a cincha dupla firma o travessão
Feitio da Gracinha é o meu cochonilho
De megaio grande porque é tradição
Serrano eu sou, criado no camargo
Feijão com charque, torresmo e pinhão
De prosa mansa e de sorriso largo
Serrano eu sou, serrano é o meu rincão
Criado no camargo, torresmo e pinhão
De volta às casa' pelo fim de tarde
Largo o bragado lá no potreiro
No horizonte o sol que arde em brasa
Linda mirada do homem campeiro
Estendo o baixeiro, trato e prendo os bicho'
Nessa harmonia que rege a fazenda
Vou tomar um mate cevado a capricho
Mirando o sorriso lindo da minha prenda
Jogo os baixeiro', carona e lombilho...