(Letra: Lucas Mostardeiro | Música: Arthur Boscato/Juliano Moreno)
Tardezita, céu de abril
No rincão da corunilha
Repontava a tropa mansa
Entre os juncais e flexilhas
No mouro firme as rédeas
Os tento' bem atramado'
Vinha o negro a trotezito
Por pachola e bem montado
Mas lhe digo, a maula suerte
Que se toca assim, por conta
Os preparo' bem firmado'
Rebentaram numa ponta
Nunca vi coisa mais feia
Os tento' que se frouxaram
Já de pronto para um pealo
É que as rédeas se aprumaram
Mas o negro que é campeiro
De confiança nesta lida
Ligeirito pra um remendo
Encurtou a rédea comprida
Tento a tento, despegado
Já foi logo encordoando
E só com uma mão na rédea
O mouro ia comandando
Já seguindo, foi a trote
Nos tento bem apertado
Relembrando um velho causo
Que um dia tinha escutado
Se vinha bem aprumado
Pra chegar junto à mangueira
Com um pala sobre o ombro
Abanando uma bandeira
Parecendo até por farra
Desfazendo a confiança
Perfilada a tropa junto
Se achegando já na estância
Na mão campeira do negro
Uma cena emoldurada
Vinha assim, se debochando
Co'as encilha remendada
Mas o negro que é campeiro...
Tardezita, céu de abril
No rincão da corunilha