(Letra e Música: Arthur Boscato)
Cobrindo ao tranco as cicatrizes do caminho
A cada passo, outra porteira aberta
Estâncias lindas, vistas por trás da cancela
Mas depois dela é que se mostra a escolha certa
Em cada lado, esperanças e receios
Que se misturam co'a vontade de voltar
Mas sigo em frente, pois bem sei que nessa vida
Somente encontra quem persiste em procurar
Duas estradas que se encontram, quase unidas
Pra onde vão, só quem traçou pode saber
Na escolha incerta é que moldamos o destino
Indo pra o lado que cremos nos pertencer
É a tristeza dos que vivem com o silêncio
E a alegria dos que tem um ombro amigo
É o sorriso ao alcançar um novo amargo
E a desventura dos que mateiam consigo
É a solidão que se estampa no momento
Que antecede a prosa amiga no galpão
É a imensidão infinita que se expande
Quando mateamos ao pé de um fogo de chão
Duas estradas que se encontram, quase unidas...