(Dionísio Costa/Fábio Duzac)
As cantigas me carregam pra andejar mundo afora
Levando n’alma canora paz, ternura e tradição
Minha mensagem retrata vida e lida dos campeiros
E os motivos verdadeiros de quem respeita o seu chão
Quando a vida me dá asas, me inspirando pra cantar
Liberto a voz pra voar cruzando cerca e cancela
O meu canto voa longe, sendo terrunho parceiro
Para um cardeal missioneiro que traz a pampa na goela
Se o meu destino é ser livre, faço da vida uma escola
E não me prendo em gaiola de modismo e fantasia
Eu desenho o meu futuro com matizes no passado
E o sangue meio abugrado justifica a rebeldia
Quando a vida me dá asas, me inspirando pra cantar...
Mesmo que o mundo ignore a providência divina
Cada um tem sua sina emparceirando a existência
Eu nasci pra ser andante, descobridor de caminhos
Para os versos passarinhos que cantam minha querência
Quando a vida me dá asas, me inspirando pra cantar...
Não mudo os meus ideais com as pedradas da inveja
Pois aquele que apedreja tem a alma engaiolada
Enquanto eu tiver força pra cruzar campo e serra
Exaltando a minha terra, a minha voz tá na estrada
Quando a vida me dá asas, me inspirando pra cantar...