(Dionísio Costa)
Vê se me paga mais uma, meu amigo João Guerreiro
Porque eu sou teu parceiro e tu não vai beber solito
Aqui na minha guaiaca que anda apartada dos troco'
Só tenho poeira e um toco de fumo pra fechar um pito
Então ajuda teu amigo a "moiá" o bico
Tu não tá rico, mas pode me dar essa mão
Eu não me encolho, de fato não tô podendo
E eu tô vendo que hoje tu tá grandão
Tu é taura e não te entrega, nego bom e companheiro
Que até no nome é guerreiro e de crise não se amedronta
E eu tô malecho, hoje não pago nenhuma
Bota mais uma que é tudo por tua conta
Faz tempo que a minha sorte anda meio atravessada
Que, pra beber uma gelada, só no fiado ou na poçuca
Tô peleando de mão limpa, sem um puto na algibeira
E a fera da desgraceira bafeando na minha nuca
O meu salário é um baita barco furado
Já vem quebrado e só gato pega no leme
A vida "véia" de fartura tá na baba
E anda mais braba que amante na TPM
Tu é taura e não te entrega, nego bom e companheiro...
(E eu tô malecho, então te digo o seguinte
Bota mais vinte que é tudo por tua conta)
Cinturão de gaúcho, com algibeiras.
Vivente que se pode recomendar.
Lugar em que se nasce, de origem
grande, crescido; (Se usa em outras partes do Brasil)