(Dionísio Costa/Sukata Duarte)
Na Semana Farroupilha a gente enxerga de tudo
Cola-fina e bombachudo revivendo a tradição
Mas tem um tipo esquisito que envergonha a juventude
Pois não tem nas atitudes um pingo de educação
É um tipo sem bandeira, que arranca a "sombranceia"
Senta um brinco nas "oreia" e até o sovaco depila
No meio da gauderiada cruza cheio de balaca
Mas o que tem na guaiaca não passa de cinco pila'
Vivo cantando o Rio Grande no meu jeitão galponeiro
Sou gaúcho por inteiro, de janeiro a dezembro
E esse xarope nojento, de campeiro disfarçado
É só um bobo fantasiado, gauchinho de setembro
Abusando da palavra, se vem fazendo alaúza
E até da sorte ele abusa, potoqueando os brigadiano'
Numa bombacha de friso, tapadinho de frescura
Vem requebrando a cintura, co’esse tipo eu não me engano
Em tudo que é piquete chega metendo as paleta'
Com um copo de capeta, se fresqueando pras guria'
Termina a noite borracho, afocinhando no barro
Fazendo porco no carro e anojando a parceria
Vivo cantando o Rio Grande no meu jeitão galponeiro...
Pra esvaziar a bexiga, nem faz conta das família'
Desabotoa a braguilha e mija de fazer poça
Eu respeito todo mundo e não prego a violência
Mas tenha a santa paciência, esse merece uma coça
Se acha muito importante agindo assim, desse jeito
Mas não conhece o respeito e a história da nossa raça
Desonra a nossa cultura e acha que o acampamento
É só um ajuntamento pra "farreá" e beber cachaça
Vivo cantando o Rio Grande no meu jeitão galponeiro...
Seguidor Farrapo.
Afetivo de cavalo de estimação.
Cinturão de gaúcho, com algibeiras.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Calça-larga abotoada na canela do gaúcho
Pequeno agrupamento de pessoas; também designa um pequeno potreiro, onde pastam os potros.