(Dionísio Costa/Sandro Amaral)
Vou caminhando a trote largo, vida afora
Porque o tempo apura o passo da idade
A juventude o mundo cutucou de espora
Pra embretar lá no potreiro da saudade
Por muitas vezes, no corredor da incerteza
Matei anseios pra poder cuidar da lida
E cabresteado pelo punho da tristeza
Eu deixei sonhos extraviados pela vida
Dentro da alma emoções da mocidade
Eu sinto ainda, mas não sei como se diz
Cada lembrança é um retrato da saudade
Daquele tempo que eu sonhava em ser feliz
Desde guri eu fui ao mundo sem ter medo
De não achar o rumo certo pra o futuro
Brinquei co’a sorte, pois nunca tive brinquedo
Na humildade de um homem prematuro
Hoje, olhando para o rosto do meu filho
Eu vejo os traços que há muito tempo perdi
A minha infância eu condenei ao exílio
Já sou alguém, mas nunca pude ser guri
Dentro da alma emoções da mocidade...
Andadura moderada dos eguariços.
Pequena invernada onde pastam potros, situado nas imediações de uma Fazenda ou Estância.
menino, garoto (Se usa em outras partes do Brasil)