(Dionísio Costa/Lincon Ramos)
Quem tem amor, tem saudade, disso eu já fiquei sabendo
E o tamanho do remendo pelo talho é que se mede
Por isso que hoje me largo de a pezito pela estrada
Pra rever a namorada, pois quem quer faz e não pede
Fui despedido da estância, onde eu vivia e lidava
E o cavalo que eu montava, é das posse' do patrão
Tô de a pé só pra quem olha, pois por meu gosto e vontade
Tô no lombo da saudade, pela rédea da paixão
Por isso que eu já vou andando
Gastando bota pela estrada
Pois ela tá me esperando
E eu tô largando na pernada
O patrão me mandou embora, pensando em me dar um susto
Nem "carcula" que eu me ajusto, bem loguito, n’outra estância
Tô de a pé, mas daqui a pouco vai ser do jeito que eu quero
E o amor, quando é sincero, não interessa a distância
Já sei que pronta me espera no rancho da moça loura
Uma gamela de salmoura pra dar um alívio nas pata'
Pouco me importa algum calo e o "inchume" das canela'
Pois viver distante dela, a saudade é que me mata
Por isso que eu já vou andando...
Ferimento produzido por objeto cortante.
Apero de couro (torcido, trançado ou chato) preso às gambas do freio, que servem para governar os eguariços.
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
A maior autoridade de uma Estância, Fazenda ou CTG.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.