(Dionísio Costa/Francisco Espenosse)
Por eu ter uma cifra pequena
Não me encolho pra festa e namoro
Se a saudade de baile me enfrena
Me engarupo pra "chacoaiá" o couro
Pra bailar não importa a distância
Quando o taura carece de afago
Muito embora o salário da estância
Seja uns troco' de pouca importância
Sempre dá pra o ingresso e uns trago'
Tendo gaita eu me sinto em casa
E o chinedo de pronto me nota
Sou nanico, mas arrasto a asa
Me agiganto e vou pedindo vaza
Pra o bugio que eu carrego nas bota'
Gosto muito de beijo e abraço
Mas também não refugo peleia
Por viver entre berro e pataço
Não me assusta quem tem cara feia
Desaforo eu destrincho na hora
Pois não sou de deixar pra depois
Desconfio da china que chora
Se dengueando da boca pra fora
E atirando mirada pra dois
Tendo gaita eu me sinto em casa...
Reconheço que sou meio tosco
Mas da vida conheço o bastante
E conforme se ajeita o enrosco
Eu já sei o que vem logo adiante
É por isso que bailo e me espicho
Com a banca de rico me assanho
Me apartando do cheiro dos bicho'
Eu troteio, tenteando cambicho
Mesmo sendo minguado meu ganho
Tendo gaita eu me sinto em casa...
Vivente que se pode recomendar.
Guariba, primata sul-americano.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Olhada.