Mas dexa que vá do jeito que vá
Vamo acarcando o ferro do jeito que dá
No balanço do potro se conhece o ginete
E pelo toque da gaita já sei como dançá
Aprendi a dançá barrendo borraio
Coiceando o tição pra o fogo incendiá
Treinei essa dança bem socada e grossa
Pra bailá c’oas moça quando eu namorá
Então dexa que vá
Mas dexa que vá do jeito que vá
Vamo acarcando o ferro do jeito que dá
No balanço do potro se conhece o ginete
E pelo toque da gaita já sei como dançá
Dizia um ginete no lombo dum potro
Em riba do outro lanção tão abaixo
A chilena véia com sede de sangue
Desenha o rio grande na pança do guaxo
Então dexa que vá
Então dexa que vá do jeito que vá
Vamo acarcando o ferro do jeito que dá
No balanço do potro se conhece o ginete
E pelo toque da gaita já sei como dançá
Trago o cheiro de pasto de campo e fumaça
Rangindo a carcaça entre basto e carona
E nos entrevero de gaita e guitarra
Um canto desamarra e no educo abandona
Então dexa que vá
Mas dexa que vá do jeito que vá
Vamo acarcando o ferro do jeito que dá
No balanço do potro se conhece o ginete
E pelo toque da gaita já sei como dançá
Então dexa uma senda a moda que foi feito
Que fico perfeito do jeito que tá
Bamo levando a vida alegre e divertida
Se mexe nas cousa periga estragá
Então dexa que vá
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Pedaço de lenha que está ardendo no fogo, ou que já foi queimado em parte.
Ventre.
Tipo de arreio.
Mistura e confusão de pessoas, animais ou coisas.