(João Luiz Corrêa, Jorge Pinalli e Dionísio Costa)
Nesses bailongos de grosso,
Onde a gaita se arreganha
Me sinto muito mais moço,
Quando uma china se assanha
Depois de enxaguar o pescoço
Numa beiçada de canha
Cincho até “fazê” caroço,
Saio cachoaiando os ôsso
Num estilão de campanha!
Até vou dançar mais essa, quem não sabe não se meta
Prá me manear tô sem pressa, faço o que vem na veneta
Quando a prosa se atravessa, saio roncando a lambreta
O gaiteiro caiu nessa, prá sustentar a promessa
Já tá rachando as “paleta”
O meu destino eu não acho,
Desde que fiquei taludo
Casamento é um baita diacho,
Com cambicho eu não me iludo
Prefiro arrepiar o penacho,
Num fandangaço cuiudo
Na vaneira me despacho
Mas depois que eu me emborracho
Solto o pé e danço de tudo!
Se tudo que a gente gosta,
É pecado e não convém
Desconfia da proposta,
De quem diz que me quer bem
Quando o matungo se encosta,
O cabresto logo vem
Em “garraio” não se aposta,
Bolicho e mulher disposta
Quem gosta sabe onde tem!
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
grande, crescido; (Se usa em outras partes do Brasil)
Apego ou paixão por uma china, ou por um peão.
Cavalo de pouca qualidade.
Apero de couro cru que prende-se ao buçal (pela cedeira ou fiador).