Após muito tempo guardando
Os limites do sul do brasil
O gaúcho migrou para o norte
E do norte mudou o perfil
Deixou para traz a campanha
E a beleza dos campos dourados
E se foi a buscar nova vida
Numa terra de mato fechado
Este é o brasil de bombacha
É a saga da raça guerreira
Nos fundões sesta pátria se acha
Um gaúcho abrindo fronteira
Só quem parte é quem sabe da dor
De deixar o seu pago e sua gente
As lembranças rebrotam ao redor
Só o forte consegue ir em frente
Nos pessuêlos vão laços de afeto
E a honra de ser o que são
Os centauros da banda do sul
Povo guapo criado em galpão
Ao chegar no torrão de seu gosto
Vão semeando alegria e respeito
O trabalho em seguida da fruto
E o fruto é um consolo pro peito
Mate quente ou mate gelado
Chimarrão ou então tererê
Os costumes vão sendo mesclados
Num país com sotaque de tchê
Quando bate a saudade daninha
Nos gaudérios tão longe de casa
A cordeona resmunga num rancho
E o churrasco respinga na brasa
No alicerce de algum ctg
O rio grande campeiro floresce
Aos gaúchos de alma pioneira
Comovido o brasil agradece
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Lugar em que se nasce, de origem
Vivente forte e destemido.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Comida preferida do gaúcho.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.