Corcoveador lá da estância do seu chico
Ouviu boato e fuxico que não teve domador
Este cavalo ganhou fama na região
Deixou estendido no chão quem no seu lombo montou
Me fui pra lá, para conhecer a fera
Eu sou um tal de índio qüera meio louco da cabeça
Saltei no lombo me deu um frio no espinhaço
Risquei de espora e mangaço, fiz se virar as avessas
Levou no peito a porteira do alambrado
E corcoveando furtado se acarquemo campo a fora
Saiu bufando, jogando terra pra trás
Parecia o satanás vindo do inferno nessa hora
Ganhei o potro presente por ter domado
Tranqueia de atravessado que é da minha estimação
E me casei com a filha do seu chico
E pra não viver solito entreguei meu coração
Eu sou feliz vivendo aqui na estância
Hoje só resta a lembrança daquele corcoveador
Minhas esporas eu deixei pra algum herdeiro
E a guaiaca sem dinheiro da lida de domador
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
Espaço seccionado numa cerca.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Só e isolado.
Cinturão de gaúcho, com algibeiras.
Adestrador.