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No Osso do Peito

Com o Violão na Garupa (2014)

Mauro Moraes

É tento de outra lonca, essa milonga
Que passa no passo da prosa a bolapé
E é pouco laço pra esse verso pampa
Criado em campanha a cavalo ou a pé

Tapado de pasto, meu rastro, teu olho de boi
E diz que não foi tocaia, compadre
Tenho a alma sem arame, ando de freio na mão
E pelego, em baixo do braço

Tenho a trova mal arriada
Passo a ronda em disparada
E escrevo, tocando violão

Osco claro, osco escuro, que me importa a cor do pelo
Quem ponteia uma guitarra, passa um tento num floreio
Canto largo, canto amargo, canto às ganha, canto à toa
Atraco, babo de laço e troco de ponta

Bamo, bamo, meu cavalo
Bamo até virar os arreios
Abre cancha e aguenta a bolada
No osso do peito

Bamo lá, meu pingo bueno
Donde cincha escarceador
Troca o passo e escora o laço
Deste cantador


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