Bailes do Boqueirão
Meu Rastro - Vol. 1 (2012)
Luiz Marenco
Nos bailes do Boqueirão sem espora ninguém dança
E toda e qualquer lambança se decide no facão
Nos bailes do Boqueirão, candeeiro de querosena
Gateada ruiva e morena a gente amansa a tirão
Nos bailes do Boqueirão com cordeona de oito baixo'
A fêmea é que agarra o macho e é proibido carão
Nos bailes do Boqueirão não tem de mamãe não gosta
Depois que a xirua encosta só que aparte com facão
Nos bailes do Boqueirão
Nos bailes do Boqueirão nunca se muda de rima
O mais fraco vai por cima e o mais forte anda no chão
Nos bailes do Boqueirão ninguém é dono de china
E o causo sempre termina num sururu de facão
Nos bailes do Boqueirão com cordeona de oito baixo'
A fêmea é que agarra o macho e é proibido carão
Nos bailes do Boqueirão não tem de mamãe não gosta
Depois que a xirua encosta só que aparte com facão
Nos bailes do Boqueirão
Nos bailes do Boqueirão quando o candeeiro termina
Apenas o olhar da china serve de iluminação
Nos bailes do Boqueirão sempre que dá um tempo feio
O taio' de palmo e meio é menor que um beliscão
Nos bailes do Boqueirão com cordeona de oito baixo'
A fêmea é que agarra o macho e é proibido carão
Nos bailes do Boqueirão não tem de mamãe não gosta
Depois que a xirua encosta só que aparte com facão
Nos bailes do Boqueirão
Nos bailes do Boqueirão