Charla de Domador
Meu Rastro - Vol. 1 (2012)
Luiz Marenco
Gateado e mouro, pangaré e lobuno
Tordilho e baio, me criei domando
Qualquer é bueno quando tem comando
Ninguém é mestre se não tem aluno
Quem doma sabe, aprendeu com outro
Maestro rude desta lida braba
Só existe um jeito de evitar a baba
Em lua nova não se enfrena potro
Bocal e rédeas, maneador, carona
A cincha, o basto e o pelego branco
O jeito lindo de alargar o tranco
E anca macia pra levar a dona
Domar é ciência mas precisa raça
Garrão de touro pra enfrentar a lida
Nesta carpeta onde se joga a vida
Não vendem fichas pra jogar de graça
O brabo mesmo até parece farra
Pro andarengo do não sabe quando
Depois de tudo, envelhecer domando
Sem ter um flete pra sentar as garras
Buçal, cabresto, tirador, chilena
Cinchão de pardo e o garrão forrado
O mango feio pra surrar cruzado
E uma de canha pra espantar as penas
O brabo mesmo até parece farra
Pra o andarengo do não sabe quando
Depois de tudo, envelhecer domando
Sem ter um flete pra sentar as garras
Bocal e rédeas, maneador, carona
A cincha, o basto e o pelego branco
O jeito lindo de alargar o tranco
E anca macia pra levar a dona
Domar é ciência mas precisa raça
Garrão de touro pra enfrentar a lida
Nesta carpeta onde se joga a vida
Não vendem fichas pra jogar de graça
O brabo mesmo até parece farra
Pra o andarengo do não sabe quando
Depois de tudo, envelhecer domando
Sem ter um flete pra sentar as garras
O brabo mesmo até parece farra
Pro andarengo do não sabe quando
Depois de tudo, envelhecer domando
Sem ter um flete pra sentar as garras
Depois de tudo, envelhecer domando
Sem ter um flete pra sentar as garras
Depois de tudo, envelhecer domando
Sem ter um flete pra sentar as garras