(Paulo Ricardo Costa/José Claro "Zezinho")
São Francisco hoje sente saudade
Porque um taura tapeou o chapéu
Encilhou um baio estreleiro
Foi tropear lá na estância do céu
Um monarca de marca maior
Franciscano de alma e coração
Deste povo ficou na memória
Fez história na paz deste chão
Ronca alto, bugio, ronca grosso
Faz teu povo sorrir novamente
Pois São Chico entende o que eu digo
Um amigo não morre pra gente
Até a noite estendeu o seu luto
Sobre o poncho verde da grama
Vaga-lumes acenderam velas
Clareando os castiçais das tramas
Don Nilson, o monarca partiu
Atendendo a um chamado de Deus
Deixou o rancho tapera
E a saudade nos olhos dos seus
Ronca alto, bugio, ronca grosso...
Hoje a serra sente a tua ausência
No quietume de esporas e bastos
Há uns arreios num canto, sem dono
E um cavalo atirado no pasto
Mas ficaram imagens guardadas
De um monarca que deixou saudades
Com certeza tá junto com nós
O patrão do galpão da amizade
Ronca alto, bugio, ronca grosso...
Vivente que se pode recomendar.
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
Vila, distrito.
Pilcha, espécie de capa sem abertura e de gola redonda que abriga do frio.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Conjunto da encilha.
A maior autoridade de uma Estância, Fazenda ou CTG.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.