(Gabriel Claro/José Claro "Zezinho")
De franja e cola aparada, sestrosa e já se negando
Hoje a sorte dos ginetes vem na espora tilintando
Uma potrada aporreada, escolhida a ponta de dedo
Quando entra num rodeio até no andar mete medo
Te agarra, peão, te agarra que hoje a pegada é feia
Te agarra firme nas crinas que a cavalhada golpeia
A cancha fica pequena pra dois maulas sem costeio
E o tendéu de pata e mango faz a festa no rodeio
Arrodeia, arrodeia, eu quero ver quem aguenta
Arrodeia, arrodeia, eu quero ver quem aguenta
O corcóveo da potrada lá da Topilha 70
Com esta tropilha, parceiro, ginete não tira tora
Russa, panção e keguai, cruzalta, Nossa Senhora
Manga e gringa esconde a cara na saída do palanque
Pega na volta o ginete, limpa o lombo num instante
E o Betinho se garante, gineteia e não faz feio
É filho do negro Mario que é pregado nos arreios
Braço direito da estância, gaúcho de toda lida
Que monta esses boca brabas achando graça da vida
Arrodeia, arrodeia, eu quero ver quem aguenta...
Aqui no topo da serra é onde mora o cavalo
Quebrando geada nos cascos desd'a cantiga dos galos
É a família Biazus, gauchada de capricho
Com zelo ajeita a tropilha pra fazer bem o serviço
Quando a gaita lá em São Chico quebra o silêncio no mais
E a bóia pra parceria o amigo Pingo é quem faz
E o Sétimo, bem pachola, se tem gaita esquece a hora
Na Macieira e na Pedra Branca que a hospitalidade mora
Arrodeia, arrodeia, eu quero ver quem aguenta...
Reunião para cuido, que se faz do gado.
Espécie de açoite.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Coletivo de cavalos.
Afetivo de cavalo de estimação.