(Paulo Ricardo Costa/José Claro "Zezinho")
Madrugada grande, acorda o Rio Grande no tinir da espora
Cutucando a aurora, acordando os galos, pois já estou saindo
Nesta pilcha nova, o lenço comprova que eu sou maragato
Um belo retrato que enfeita o pago no lombo do pingo
De chapéu tapeado, um zaino amilhado atirando o freio
Cantigas de arreios quebram o silêncio deste novo dia
De alma lavada, me vou pela estrada apurando o passo
No mesmo compasso de outros domingos, pra te ver, guria
Sei que lá na serra ela me espera feito a flor mais rara
E quando se para, emoldurando sonhos, no vão da janela
O pé de jasmim perfumou o jardim pra esperar nós dois
Quem sabe, depois, ouvir o pedido que eu farei pra ela
Procuro na estrada uma flor colorada para presenteá-la
Na gola do pala o perfume dela ainda está presente
E no pensamento este sentimento onde eu me abrigo
De tê-la comigo, enfeitando o rancho e os sonhos da gente
De longe eu a vejo e o gosto de um beijo me adoça a boca
Na distância pouca bate bem mais forte o coração que é dela
Teu sorriso lindo faz o meu domingo muito mais feliz
De uns versos que fiz trago esta milonga pra cantar pra ela
Sei que lá na serra ela me espera feito a flor mais rara...
Lugar em que se nasce, de origem
Conjunto da encilha.
Poncho leve de seda (para o verão), de algodão (para meia-estação) e de lã tramada ou bixará (para o inverno).
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.