(Alex Casanova "Guasquinha"/Edilberto Bérgamo)
Fim de semana, o pensamento me provoca
Encilho meu pingo baio e me entranho nessas bibocas
Farejando algum surungo à meia luz dum lampião
E o olhar d'alguma prenda pra espantar a solidão
Bamo simbora, se há de for não há de for nada
Muito me gusta encurtar as madrugadas
Me emociona este toque de cordeona
Em bailanta de campanha qualquer guasca se apaixona
E até o lampião, lá num canto do salão
Com sua chama dançarina não perde a marcação
Quando toca uma cordeona o povo todo se levanta
Gritando e pedindo cancha se entreveram na bailanta
Me aprochego e vou bailando a sala inteira
Procurando um gaiteiro no meio da polvadeira
Prendo-lhe um grito, me acarque uma bem campeira
Que hoje eu vou sair dançando com a morena mais faceira
Eta, gaiteiro índio louco de faceiro
Que espicha o fole inteiro só pra ver o bugio roncar
Deste compasso no passo não perco o tranco
Vou dançando no balanço até o dia clarear
E até o lampião, lá num canto do salão...
Afetivo de cavalo de estimação.
Baile de baixa categoria.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Tira de couro cru; também designa pênis de gaúcho, ou gaúcho rude e rústico.
Vila, distrito.
Guariba, primata sul-americano.