Foragiu da serra um bugio safado
Bicho desgraçado e faz artes medonha
Escapou da trampa já de pata renga
Chega a ser capenga de tão sem-vergonha
Se foi pra cidade dançar num bailão
Com o pala na mão e a bombacha rasgada
Tomou um trago forte pra limpar a guela
E pulou a janela pra não pagar a entrada(2x)
Com adaga e um trinta debaixo do pala
No meio da sala fazendo narquia
Que bicho maroto, bagaça e pachola
Puxou da pistola e mostrou pras guria
Tapado de canha, quase se babando
Foi cruzar dançando e pisou no gaiteiro
Com uma bota véia broqueada de furo
E pra dançar no escuro cuspiu no candeeiro(2x)
Dança debochado num gesto atrevido
Que bicho metido, mesmo sem razão
Se agarra na prenda e quer dançar pertinho
E devagarinho vai passando a mão
Se encosta na copa sem nenhum trocado
Vai pedindo fiado e bebe o baile inteiro
)
Arrotando grosso que segura as pontas
E pra não pagar a conta briga com o copeiro(2x)
Roncava na sala dando uma de macho
Vesgo de borracho tipo debochado
Pegou a virar as mesas já de madrugada
Chamaram a brigada com uns quatro soldados
Entraram na sala e o bicho aragano
Toreou um brigadiano e seguiu na folia
Encheram de laço no meio da sala
Taparam de bala e se foi à la cria(2x)
Guariba, primata sul-americano.
Poncho leve de seda (para o verão), de algodão (para meia-estação) e de lã tramada ou bixará (para o inverno).
Calça-larga abotoada na canela do gaúcho
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Bêbado
Policial da Brigada Militar (corporação equivalente à Polícia Militar)
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.