No velho galpão crioulo na minha tarimba sagrada
Deitado de madrugada num ninho em fundo de grota
Mesmo dormindo se nota um barulho impertinente
Me acordo assim de repente
É um rato me roendo as bota
Meu galpão velho é grosseiro e de chão batido
E foi erguido bem na beira duma aguada
Galpão crioulo feito no sistema antigo
E pra receber meus amigo tá de porta escancarada
Na tua cunheira até o céu aparece (2x)
E embaixo o fogo me aquece nas noites frias de geada
A cobertura é de capim meia furada
Tem chuvarada enche o rancho de goteira
Pego a chaleira e cevo bem meu chimarrão
E sentado sob o oitão eu mateio a tarde inteira
De noitezita logo depois que escurece (2x)
Uma coruja aparece gritando sobre a cunheira
São quatro esteio de puro cerne cravado
Lembro o passado no meu querido galpão
Muitos fandango amanheceu entreverado
E um gaiteiro desmamado numa gaita de botão
Fandango véio ia até clarear o dia (2x)
E a gaita véia se abria que nem cola de pavão
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Filho de origem estrangeira, nascido aqui. Pode ser filho de branco, de amarelo ou de preto, não importa a raça ou a cor.
Cama rústica; também designa experiência.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Denominação genérica do Baile Gaúcho.