Vem da invernada dos tempos rasgando olheiras de sol
As patas cortam os ventos, no sangue um velho arrebol
Assim chegou no rio grande para o gaúcho saudá-lo
Desde então, por onde ande, hornero é o rei dos cavalos
Imprime à estirpe essa imagem, sua função sem igual
Morfologia e coragem numa fusão ideal
Surgem campeões para o freio em dinastias de irmãos
Arunco, nobre, faceiro, olvido, inteiro e brasão
Tantos mais nesse entreveiro e outros que ainda serão
E, assim, la invernada hornero morreu, ficando em seu clã
Segue a correr nos potreiros das gerações do amanhã
Deixem que a lua entordilhe lá nas lonjuras do azul
Ficou um pouco do chile nessas manadas do sul
O pago inteiro padece, faz-se um silêncio de galos
Qualquer gaúcho entristece quando se vai seu cavalo
Meu coração bateu asas pra se esconder na poesia
E um joão-barreiro fez casa numa cocheira vazia
Quando um BT se aproxima, com sua marca no couro
Eu vejo hornero por cima da sua prole de ouro
Subdivisão de uma Fazenda; designa também, departamento de um CTG (Entidade Tradicionalista).
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Lugar em que se nasce, de origem