Sobra cavalo pra cantar este rio grande
Largo a cabeça do meu verso pelo mouro
Sou crina grossa crioulo dos olhos d´água
Rincão campeiro da estância rincão dos touros
E o grujo velho capataz há muito tempo
Mesmo lunanco nas trombadas que levou
Mas mesmo assim segue botando a cada pealo
Xucros e malos que o destino lhe entregou
Na recolhida o negrinho salta em pêlo
Numa guateada mulherona e traiçoeira
Que esconde a cara no sair do para-peito
Já de vereda enrreda a marca na soiteira
A cachorrada no momento da encilha
Faz uma festa de latidos esperando
Que a indiada saia para fazer um costadito
Num desbocado que se arrasta corcoveando
O saragoça cria de aja do Uruguai
Contrabandeou a própria vida para aqui
Gastando esporas num veiaco das estâncias
Bandiando potros nas cheias do cuiai
E o Dom Felipe vaqueando desta fronteira
Bateu na marca pro rumo da enserrilhada
Poncho emalado pingo de mudar por adiante
Busca uma tropa que ace tiempo foi comprada
Rincão dos touros esperança de à cavalo
Na resistência tranqueia de lombo duro
E um contra-mestre segurando a linha reta
Que a tradição véia alambrando para um futuro
Sobra cavalo...
Filho de origem estrangeira, nascido aqui. Pode ser filho de branco, de amarelo ou de preto, não importa a raça ou a cor.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
Lugar isolado em fundo de campo.
Segunda autoridade de um estabelecimento rural (Estância, Fazenda ou Grânja), de uma Tropa ou de uma Charqueada.
Diz-se do quadrúpede que tem um costado traseiro mais baixo.
Que não sujeita a boca.
Afetivo de cavalo de estimação.
Coletivo de militares e de bovinos.