Quero novamente voltar pra campanha e ficar à vontade
Matar a saudade onde eu me criei nos tempos de piá
Ver o joão-de-barro em dia de chuva cantando faceiro
E lá no potreiro numa pitangueira grita o sabiá
Quero escrever verso mateando na sombra nos dias bem quente
Rever a vertente que eu matei a sede quando era guri
Ver a gurizada brincar de algazarra e montar num petiço
Com anzol de caniço eu me vou pra sanga pescar lambari
Vou encilhar um cavalo e sair a trotezito pela estrada a fora
Balançando a espora eu vou me chegando pra um baile campeiro
Ato meu cavalo, torço minha guaiaca e vou pagando a entrada
Se a sala está lotada eu convido a prenda e danço no terreiro
Pra escutar o eco de um cantar de galo
Pra encilhar um cavalo e sair camperear
Pra aquentar a chaleira num fogo de chão
Bater os tição pra não apagar
Mateando eu escuto este chamamé
Relato pra que que eu quero voltar
Pequena invernada onde pastam potros, situado nas imediações de uma Fazenda ou Estância.
Lugar de onde verte água.
Pequeno córrego, bossoroca.
Cinturão de gaúcho, com algibeiras.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Pedaço de lenha que está ardendo no fogo, ou que já foi queimado em parte.