A cantiga chegando na vanera
Se vem campeando versos pra encilhar
Recolhe cuia, bomba e a chaleira
Que não vai sobrar tempo pra matear.
Arreda mesa, banco e as cadeiras
Que vai faltar espaço pra dançar.
No toque da cordeona fandangueira
Se vamo até o dia clarear.
(Fandango monarca de ontem e agora
É a marca sonora de um povo feliz
Fandango monarca gaúcha bandeira
Da raça campeira do sul do país.)
Esse trancão gaúcho quase fala
Chamando o fandangueiro pra bailar
E a prenda sarandeia pela sala
Encambinchando sonhos num olhar.
Parece que a lua se embala
Com a luz do candeeiro a namorar
E a voz da cordeona só se cala
Quando o sol pedir cancha pra chegar.
(Fandango monarca de ontem e agora
É a marca sonora de um povo feliz
Fandango monarca gaúcha bandeira
Da raça campeira do sul do país.)
Cabaça para chimarrear (ou matear); em guarany caiguá.
Vila, distrito.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.