Declamado
Quem me dera nestes versos
Entregar a cada um
Dos homens do universo
A grande prece comum
Chapéu de pança de burro
Garrão de potro puxado
Contra o vento a voz empurro
Gritando no descampado
A donde foi a riqueza
Dos campos, matas e serras
Da pena ver a tristeza
Dos ranchos da minha terra
Refrão:
Velho rio grande bendito
Bendita terra de bento
Na tua frente contrito
Invoco teu sentimento
Campeiros tomem tenência
Agora cantem comigo
O telurismo, a querência
Que o povo guarda consigo
A pampa reza parada
Na solidão do deserto
A sanga chora calada
Com a morte sorrindo perto
A donde foi o lirismo
Do majestoso rebanho
Que pena tanto egoísmo
Num mundo deste tamanho
Quem me dera nestes versos
Entregar a cada um
Aos homens do universo
A grande prece comum
Campeiros cantem comigo
O telurismo a querência
Que o povo guarda consigo
Palanqueado na consciência
Ventre.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Vila, distrito.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Pequeno córrego, bossoroca.