Há certas coisas na vida
Que são sagradas pra mim
Bom cachorro, bom cavalo,
Derrubar terneiro a pealo,
(acreditar no que eu falo,
Deus do céu me fez assim.) bis
A família e o respeito
E o meu pago macanudo,
Um verso simples bem feito
Que mostre o pampa e seu jeito,
(ao homem o que é de direito,
Vergonha acima de tudo!) bis
Q que é sagrado pra mim,
Dou valor e cuido bem
E a cada exato segundo,
No saber mais me aprofundo.
(só vive bem com o mundo
Quem ama as coisas que tem.) bis
Há certas coisas na vida
Que são sagradas pra mim
Uma milonga ponteada
Num improviso de "payada",
(e o beijo da prenda amada,
Sabor de mel de mirim.) bis
O campo e seu universo
E o meu galpão entonado
Um mate depois do outro
Enão me comprem por morto
(que eu só acredito em potro
Que tenha queixo quebrado.) bis
A honra e a liberdade
Me garantindo o serviço,
Os amigos de verdade,
Sentir bem cada saudade,
(com a alma xucra, à vontade,
Sou assim, "pido permiso".) bis
Lugar em que se nasce, de origem
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.