Quando esparramo meu laço
Calçando o zaino na espora
Num combate campo fora
Contra um boi mandando pata...
Quis a "mala suerte" ingrata
Que eu errasse aquele pealo
E que rodasse o cavalo
"virge quase que me mata.
Mas eu como sou vaqueano
Cruzei a perna ligeiro
Só escutei o "entrevero"
De pingo, terra e boléu...
Quando finco meu chapéu
Bem debochado na nuca
Nem diabo, nem arapuca,
Me "cambeiam" lá pra o céu
Chega, chega, pega, pega.
Que o zebu é caborteiro!
- me entrincheirei nas macegas
Atiçando os ovelheiros -
E não é que o boi me veio
"causa" do pala encarnado
Trazia um cusco agarrado
Bem na junta do garrão...
Meu cachorro "tradição"
Mordendo o tronco da "oreia"
Pressentindo a coisa feia
Virei o mango na mão
E aprumei o "pitangueira"
Bem no miolo do tirano
Nisso já vinha meu zaino
Me procurando no espaço...
Coisas da lida de laço
Pra quem anda de a cavalo
Se eu não derrubo de um pealo
Derrubo a cusco e mangaço.
Poncho leve de seda (para o verão), de algodão (para meia-estação) e de lã tramada ou bixará (para o inverno).
Pequeno cachorro (o mesmo que guaipeca).
Espécie de açoite.