Eu fui nascido lá no garrão do rio grande
Não preciso que me mande pra começar a cantar
Quando me empolgo já solto o verbo na hora
e a cantiga vai-se embora com meus versos pelo ar
Sou missioneiro guerreiro de peito aberto
Sou mais um taura liberto que brigo pelo meu chão
Busco na rima melodia e sentimento
Enquanto longueio o tento junto a sombra dum galpão
Sou emissário dos bons costumes de dantes
Nasci pra levar adiante o que aprendi no galpão
Sou coalizão entre o brasil e argentina
Churrasco, fandango e china retempera o coração
Sou a alegria nos bailes da minha querência
Trago nas veia a essência de cantar versos pra o povo
Sem atropelo trago nas noites de frio
Ladainhas e bugio, vaneira num tranco novo
Embalo a alma de quem comete namoro
Acalmo quem tá de choro e animo quem quer dançar
Esta é a vida que pedi pra o pai do céu
Pra quem eu tiro o chapéu quando eu me ponho a rezar
Vivente que se pode recomendar.
Denominação genérica do Baile Gaúcho.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Andadura lenta dos eguariços.