Senhores este barulho, que estão ouvindo agora
Que faz esse trintrintin é a roseta das espora
Pois tem muita serventia e a muito ate me distrai
E a minha espora só sai quando eu tiro a bota fora
Esse aqui é o tirador pra peões e capataz
Quando se laça de apé se deita o corpo pra traz
Pilcha de muito valor sempre atada na cintura
Pra livrar a queimadura do golpe que o laço faz
Esse aqui é o cinturão, muitos chamam de guaiaca
Onde guardo o cruzeiro, mas já guardava o pataca
Vai preso no mesmo cinto, mais um casal que resolve
O velho amigo revolve esposo da velha faca
Faca veia cortadeira,revolve fabricante de defunto!!
Esse aqui é o chapéu de aba e de barbicacho
Pra o sol não bate nos olhos se dobra as aba pra baixo
Esse pano no pescoço não vão pensar q é gravata
É o lenço que a gente ata em pescoço de índio macho
Índio de fala fina não pode amarra lenço!!
Esse aqui é o pala branco que deito em cima da blusa
É um enfeite do trage que todo gaúcho usa
Já tem o nome na historia por ser trage de respeito
Que o mais perverso sujeito admira e não abusa
Peça circular (dentada ou pontiaguda) da espora.
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Avental de couro; pilcha exclusiva de serviço.
Tem dois sentidos: impulso brusco ou negócio fraudulento de alarife.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Poncho leve de seda (para o verão), de algodão (para meia-estação) e de lã tramada ou bixará (para o inverno).
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.