Um picaço esconde o toso na frente da estância antiga
Esparramando cantiga no lombo do pajonal
Mete as mãos no bucal e segue no mesmo embalo
Onde campeiro e cavalo forjam terrunho ritual.
O rebenque dá o compasso pra o cantar das nazarenas
Que vão charlando torenas aos gritos do domador
Um cusquito faz fiador e acoa junto a virilha
Quando açoiteira campeia a tal marca flor
Um potro mandando garra ritual da lida campeira
É coisa que na fronteira se ajeita meio por farra
E se acaso não esbarra com dois dias de costeio
Seguimos batendo esteio num compasso de chamarra.
Vez por outra de costume tapeia a boina um paisano
E nos bastos castelhanos larga o corpo pra trás
Enforquilhado no mas bota confiança na espora
Que desce clareando aurora no escuro que a noite faz.
E semeando cantiga vão cavalo e domador
Desta vez no corredor, pois o bagual quer distancia
Uma coplita em constância ecoa no seu costado
O picaço bem costeado pra o dia a dia da estância.
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Espécie de açoite.
Adestrador.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Natural do mesmo país.
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro
Diz-se do animal habituado em determinado lugar ou trabalho.