Doas cascos do meu cavalo fiz saltar leivas no céu
E empurrei muita boiada cantando versos ao leu;
Sou afilhado dos deuses a até a morte me olha seria
Quando nas águas do Uruguai lavo minh’alma gaudéria
Junto com poeira da goela trago carrapicho e espinho
Que andam comigo agarrando no buraco do focinho
Gosto da noite fechada com fragâncias e perfumes
E de cruzar o campo solito proseando com um vagalume.
Se um dia eu me for pro povo e não lidar mais com boiada
Vou ser uma estrela gaviona que se apartou da manada
Ao tranco sempre assoviando na pampa verde esperança
Meu cavalo é um barco solto num rio grande de águas mansas.
Na janela de algum rancho é coisa que e fascina
Dois olhos da cor do campo num rosto meigo de china
De vez enquando me apeio num fandango campo a fora
Sarandeio a noite inteira riscando a chão com as esporas.
Quando me agrada a boiada com a noite escura sem brilho
Acomodo uma chinoca na anca dum tordilho
Aos tapas com meu destino sou sempre teso imponente
Quando a porteira da vida quer se fechar lá na frente
Só e isolado.
Vila, distrito.
Coletivo de éguas (de cavalos, é TROPILHA).
Andadura lenta dos eguariços.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Denominação genérica do Baile Gaúcho.
Guria que se pilcha de bota e bombacha ao invés do vestido de prenda, prenda que passou dos 30 anos.
Firme.
Espaço seccionado numa cerca.