Tenho um cavalo pintado coiceiro e manoteador
Quando eu saio aos domingos nesse pingo escarcedor
Meu pla vira bandeira hasteada no corredor.
Tranqueia atravessando como quem vai pra um bochincho
Solta fumaça nas ventas crinudo e meio colincho
Mais bonito meu parceiro do que um ovo de pelincho.
Lembro o primeiro galope credo em cruz quase que morro
Saiu destorcendo basto no meio de dez cachorros
Juntei nos garfo e o maula roncava que era um bezouro.
Não tenho querência certa sou irmão do canto do galo
Moro em riba do meu basto no lombo do meu cavalo.
Se vou nele noite a dentro uma oração anda no ar
Bombeando para o infinito dá vontade de rezar
Sentindo o cheiro da terra e ouvindo o vento chorar.
Cruzo aos trancos pelos ranchos com o sol apontando a quincha
Um galo canta no oitão alguém espia na frincha
Eu abro o peito na estrada e o meu cavalo relincha.
Quando este cavalo relincha que coisa linda parceiro
Numa simbiose terrunha me vejo outra vez guerreiro
De lança em punho e clima ao vento atrás de um clarim campeiro.
Não tenho querência certa sou irmão do canto do galo
Moro em riba do meu basto no lombo do meu cavalo.
Afetivo de cavalo de estimação.
Briga feia, festa informal
Animal de crinas compridas ou grandes.
Tipo de andadura de velocidade média (nem rápida e nem ligeira = moderada) dos eguariços.
Tipo de arreio.
Vivente que não devemos recomendar.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.
Cobertura com santa-fé, macega ou folhas de palmeiras.