Me agrada um rodeio de gado bagual
Sem marca e sinal ventena ligeiro
Pra quem é da pampa não tem nada igual
Serviço brutal de peão e domero
A peonada levanta no canto dos galos
Encilham cavalos, titãs da campanha
Esporas afiadas, com jeito e asseio
E sob o arreio uma guampa de canha
Na argola do laço carrego enredada
O frio das manhãs o vento e as geadas
Um mate gaúcho e na pampa azulada
Dou cancha pra vida de alma lavada.
Mangueira de pedra pertinho das casas
E um chibo nas brasas no estilo fronteiro
São coisas do campo que levo comigo
Costumes antigos do mundo campeiro
Lateja em mim esta terra altaneira
Meu chão de fronteira que se some ao léu
O vento transforma meu pala em bandeira
Minha pátria guerreira de bota e chapéu
Reunião para cuido, que se faz do gado.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Poncho leve de seda (para o verão), de algodão (para meia-estação) e de lã tramada ou bixará (para o inverno).
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.