Às vezes, por nada, me pego charlando
Com o cusco que espreita a paz do meu mundo
Só então percebo a solidão reina
Que anda comigo no campo do fundo
Gasto minhas horas recorrendo várzeas
Remendando arreios pelos dias frios
E, às vezes, mateando me bate uma ânsia
Bombeando a silhueta do catre vazio
Quem sabe neste ou no outro domingo
Eu encilhe o pingo num jeitão torena
E lá no povoado, meio de carancho
Busque pro meu rancho esta flor de morena
Ando muy solito, amargando ausência
Escutando a calma que habita o posto
Preciso uma linda pra enfeitar meus mates
'Inda mais que o tempo vem trazendo o agosto
Só quem vive assim, esquecido no campo
Sente a solidão feito espinho de espora
Sabe quanto custa não ter companhia
Pra lavar o mate no passo das horas
Quem sabe neste ou no outro domingo...
(Letra: Sérgio Sodré Pereira | Música: Ênio Medeiros)
Pequeno cachorro (o mesmo que guaipeca).
Conjunto da encilha.
Cama rústica improvisada com o “maneador” passado entre dois varões que unem dois pares de pés em forma de “X”, sobre o que, coloca-se forros (pelegos).
Afetivo de cavalo de estimação.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.