Nasceu no meio do pampa
Respirando a liberdade -
Como o batismo, o orvalho
Como abrigo uma ramada.
Ainda cheirando a placenta
Com poucos dias de idade
Deu o primeiro relincho
Como a gritar liberdade.
Mais um dia a liberdade
Correu perdendo a carreira
E o potro sentiu o buçal
Lhe arrastar pela mangueira.
Sentiu peso do mago
Pintou de sangue a espora
De um peão também domado
Sem condições de melhora.
Domado a vida mudou
E o potro perdeu o entono
E as crinas que eram do vento
Passaram a ter outro dono
Guapo na lida do campo
Em torneio e marcação
Corredor de cancha reta
Herói de revolução.
Hoje para o velho cavalo
Que foi rei no seu rodeio
Lhe vão pagar toda a luta
Com o pealo mais feio;
Que brutal fatalidade
Que sacrifício bagual
Pra mandá-lo ao matadouro
Vão tirar o buçal
Faço do verso um relincho
Desta cavalo abatido
Perdendo a dignidade
A vida não tem sentido
Quem for gaúcho me siga
E faça assim como eu
Soltem a cavalo no campo
Pra morrer como nasceu.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Som vocal dos eqüinos.
Tem dois sentidos: andadura veloz dos eguariços e também pode ser competição de animais montados por jóqueis.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Primeiro apero do “preparo” da encilha.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Reunião para cuido, que se faz do gado.
Ato de arremessar o laço (ou sovéu) e por meio dele prender as patas do animal que está correndo e derrubá-lo. Existem muitos tipos de PEALO, entre os quais:
excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.