(João Sampaio/Anderson Valiente/Nilton Ferreira)
Vaneira xucra que se forjou nos galpões
Com fumaça dos fogões deste Rio Grande abençoado
Carrega a pampa, vento, sol, frio e mormaço
Neste compasso missioneiro e abagualado
Berro de touro retumbando nos confins
Como os clarins de uma batalha campal
Vento pampeiro e relinchos de cavalo
Cantar de galo numa noite outonal
Vaneira xucra do horizonte campesino
Verso sulino entonado e pacholento
Marca crioula deste Rio Grande sem luxo
Canto gaúcho se esparramando no vento
Vaneira xucra dos repechos e canhadas
Das madrugadas lindaças do mês de abril
Do quero-quero, sentinela campechano
Fibra e tutano do sul grande do Brasil
Estouro de tropa disparando sobre a pampa
Bater de guampa contra a argola do laço
Bufos de potro corcoveando campo afora
Tinir de espora retemperado a gaitaço
Vaneira xucra do horizonte campesino...
Soberbo, arrogante.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Coletivo de militares e de bovinos.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.