(Dionísio Costa, Rodrigo Lucena)
Quando me preparo pra 'mexê' os 'cambito'
Me embalo solito bombeando o poente
Esperando o baile, minha alma campeira
Fareja a vanera e se manda na frente
Aqui na campanha é sempre uma luta
Nessa vida bruta tem de tudo um pouco
Mas se dá uma vaza me vou pra zoeira
E se tem vanera esparramo os 'troco'
Eu sou fandangueiro louco por vanera
E levanto poeira firme no compasso
Pois é no surungo que ajeito namoro
Sacudindo o couro no som de um gaitaço
Quando escuto as marcas que o gaiteiro espicha
A sola comixa, coçando o garrão
Pra dançar vanera não faço figura
Aperto a cintura e me vou num trancão
Pouco me interessa papo ou cara feia
Não sou de peleia pra fazer meu nome
Eu gosto é de festa, não sou bochincheiro
Mas no meu terreiro carancho não come
A mais dançadeira, de mim já se adona
E o som da cordeona me tira do sério
Mas é só namoro, não tem casamento
Pois ajuntamento não é pra gaudério
Livre de cambicho, eu sigo troteando
Pra viver bailando pela vida inteira
Não meço distância, seja longe ou perto
Tendo baile é certo que eu tô na vanera
Só e isolado.
Baile de baixa categoria.
Contenda, disputa, combate, luta, batalha.