A madrugada num reponte se boleia
Rumo a alvorada pra um raiar de um novo dia
E o coração xucro e campeiro corcoveia
Na ânsia louca de se esbandar de alegria
Enquanto o cheiro de campanha se acolhera
Junto a fumaça da chaminé do galpão
Com o odor de cérne, angico e nó de pinho
Que viram brasas no velho fogo de chão
{refrão}
São as vivências que rebrotam a cada tento
Que tranço lento no dia-a-dia de peão
Onde os limites são a pampa e o firmamento
E onde o centro do universo é o meu galpão
O sol num upa dá buenos dias e se achega
De cara alegre faz sinuelo pra peonada
Que já se encontram nos alambrados da estância
Ou na coxilha dando de sal pra boiada
O peão campeiro toma conta do galpão
Dos afazeres cotidianos de campanha
Cuidar o fogo e preparar o carreteiro
Café passado, um bom mate e um gol de canha
Refrão
Mas quando a tarde perde o rumo e se despede
É fim de lida pra peonada do rincão
Que se reúnem entre prosa e gargalhada
Ao pé do fogo e o mate de mão em mão
A noite buena dá oh de casa e se achega
Calma e serena vem em forma de guarida
Berço sagrado pra o descanço de um campeiro
Que pula cedo pra um novo dia de lida
Refrão
Selvagem.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Um ou mais animais mansos que servem de guia à tropa.
Leves ondulações topográficas no terreno.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.