Vou neste tranco da moçada dançadeira
A noite inteira num fandango no rincão
Já me acuiéro porque me gusta o retoço
O xixo é grosso e o gaiteiro é dos “bão”
Me agrada um toque de cordeona e de pandeiro
Sou fandangueiro e danço meio diferente
Me pacholeio com a mais linda do entreveiro
Destas que o cheiro embriaga o peito da gente
Refrão
Toque gaiteiro puxe o fole que hoje eu danço
Num balanço de levantar polvadeira
Toque gaiteiro puxe o fole que hoje eu danço
E me desmancho nesse tranco de vanera
Deixo meu rastro desde a sala inte o balcão
E o meu carvão e pra já que se termina
Mas não da nada,pois na vida deste taita
Não falta gaita,trago e agrado de china
E essas percantas me rodeiam quando chego
Fazem chamego pra beber na parceria
E eu me faço de louco e vou tenteando
Vou apertando e retoço até clarear o dia
Volto pro rancho quebrado e bem sozinho
Pra achar o caminho é um sofrimento que dá pena
No outro dia nem o demônio me ataca
Curo a ressaca no lombo de um ventena
A lida é braba pra quem faz de tudo um pouco
Junto meus troco e me acerto com o patrão
Sábado é certo que me mando a la cria
E clareio dia borracho pelo rincão
Andadura lenta dos eguariços.
Denominação genérica do Baile Gaúcho.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Bêbado
Lugar isolado em fundo de campo.