Nessas noites em que a lua se esconde
A espiar sorrateira no oitão dos galpões
Eu me paro a bombear as cochilhas
Bagual universo aos meus olhos de peão
E da sombra sutil do arvoredo
Escuto as cantigas dos sapos nos valos
E o bufido de um sorro estraviado
Que vai no potreiro assustando os cavalos
(Em momentos assim como esse
A alma campeira de amor se desdobra
Se não tenho o que tem os do povo
O que eles não tem eu tenho de sobra)
Quando bato meus ossos de ponta
E atiro meu pala no lombo do catre
Me saluda meu cusco campeiro
Amigo e parceiro das horas de mate
Descortina o clarão da alvorada
E me vou a mangueira enfrenar o sogueiro
Já nasci pra fazer recolhida
Tenho amor neste ofício campeiro
(Em momentos assim como esse
A alma campeira de amor se desdobra
Se não tenho o que tem os do povo
O que eles não tem eu tenho de sobra)
Quando abraço a guitarra morena
Desparam da alma tripilhas de versos
E me vou mundo afora cantando
Atravesso sonhando os beirais do universo
Não preciso de naves estranhas
Que cruzam os mundos gerando conflito
Eu viajo nas asas do canto
Por todos os cantos dos meus infinitos
Nessas noites em que a lua se esconde
A espiar sorrateira no oitão dos galpões
Eu me paro a bombear as cochilhas
Bagual universo aos meus olhos de peão
E da sombra sutil do arvoredo
Escuto as cantigas dos sapos nos valos
E o bufido de um sorro estraviado
Que vai no potreiro assustando os cavalos
(Em momentos assim como esse
A alma campeira de amor se desdobra
Se não tenho o que tem os do povo
O que eles não tem eu tenho de sobra)
Quando bato meus ossos de ponta
E atiro meu pala no lombo do catre
Me saluda meu cusco campeiro
Amigo e parceiro das horas de mate
Descortina o clarão da alvorada
E me vou a mangueira enfrenar o sogueiro
Já nasci pra fazer recolhida
Tenho amor neste ofício campeiro
(Em momentos assim como esse
A alma campeira de amor se desdobra
Se não tenho o que tem os do povo
O que eles não tem eu tenho de sobra)
Quando chega o final de semana
Apesar do cansaço de tão dura lida
Me acomodo e faceiro estradeiro
Pro rancho posteiro da prenda querida
Há na luz de seus olhos matreiros
Promessas infindas de amor tão profundo
Que na volta, cantando solito
Até me parece ser dono do mundo
(Em momentos assim como esse
A alma campeira de amor se desdobra
Se não tenho o que tem os do povo
O que eles não tem eu tenho de sobra)
Cachorro selvagem do banhado.
Pequena invernada onde pastam potros, situado nas imediações de uma Fazenda ou Estância.
Poncho leve de seda (para o verão), de algodão (para meia-estação) e de lã tramada ou bixará (para o inverno).
Pequeno cachorro (o mesmo que guaipeca).
Grande curral.
O ato de por o freio pela primeira vez
alegre, contente
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Vivente zelador de uma invernada e que reside nela.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.